A Guarda Civil Municipal de Jaguariúna fez uma paralisação ontem em frente ao gabinete do prefeito Gustavo Reis (PPS) reivindicando a troca de comando da corporação. Encabeçada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Jaguariúna, o guarda municipal Antonio de Paula Amaro, a paralisação começou por volta das 8h, com mais de 40 guardas de folga presentes, e só terminou no começo da noite, após uma reunião de duas horas com o prefeito e alguns vereadores.
Durante a reunião, o prefeito pediu para que uma outra comissão fosse montada para apurar as denúncias de assédio moral, abuso de autoridade e influência militar do alto comando da corporação, já que tanto o secretário quanto dois diretores da Guarda são ex-policiais militares. Os GMs que aguardavam o término do encontro entenderam que o pedido de apuração era somente uma forma de a administração ganhar tempo e decidiram decretar estado de greve, reivindicando a troca de comando em até 72h ou paralisação total da corporação.
“Nós somos contra militarismo dentro da Guarda. Somos guardas municipais e queremos ser tratados como guardas municipais. Não queremos aumento de salário, queremos respeito por parte de nossos comandantes”, explicou Amaro.
A insatisfação com o atual comando da GM é antiga, mas o estopim da manifestação aconteceu depois que um guarda municipal de folga foi abordado por um dos diretores da corporação numa avenida da cidade. “O GM estava parado com seu carro na rua quando um diretor chegou e o abordou como se fosse um bandido. Revistou seu carro e o revistou para ver se ele estava armado, uma atitude totalmente desnecessária e sem fundamento. Nós não somos bandidos”, disse o presidente do sindicato.
O comandante da GM, secretário de Defesa Social de Jaguariúna, Luis Laurentino Gomes da Silva, negou as acusações e disse que antes de responder vai tomar conhecimento de todas as denúncias detalhadamente.
Fonte: Mauren Ribeiro, jornal Todo Dia
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