Usuários de drogas trocam o Centro de Campinas pelo bairro Ponte Preta após operações da polícia e da Guarda Municipal
Desconhecido caminha sob viaduto; GM diz que usuários de drogas estão migrando para o bairro Ponte Preta
A Guarda Municipal de Campinas identificou um movimento de migração de usuários de crack que frequentam a região central da cidade para o bairro Ponte Preta. A identificação da nova “cracolândia”, - a quinta da cidade -, ocorreu na manhã de ontem em uma operação promovida pela GM para coibir o tráfico e o consumo do crack.
Ao fechar o cerco contra os usuários e pequenos traficantes da droga no quadrilátero central que envolve o entorno da antiga rodoviária e Terminal Central os guardas perceberam a migração.
Viciados se escondem em vigas e paredes do viaduto, que fica ao lado da Ponte Preta, para consumir drogas. O acesso se dá tanto pela linha férrea quanto pela Avenida Abolição. Um buraco na lateral do viaduto serve de passagem aos usuários da droga.
“Agora é assim. Todo dia tem um grupo de dez a 15 pessoas entre homens e mulheres se revezando no consumo do crack. Eles não causam problemas, exceto os envolvidos com a criminalidade. Outro dia um deles roubou uma moça e correu para o buraco que dá acesso para debaixo do pontilhão”, disse um comerciante que trabalha ao lado do local e que pediu para não ser identificado.
A GM classifica o movimento migratório como previsível quando um local está sendo alvo de repressão das forças de seguranças. O problema da concentração de usuários de crack já ocorreu na região do bairro Guanabara, depois na antiga rodoviária, posteriormente, no entorno do Mercado Municipal, depois a linha férrea atrás do Terminal Central e agora região do bairro Ponte Preta.
Durante a operação que contou com oito GMs e quatro viaturas, um rapaz de 18 anos foi preso com 51 pedras de crack, nas proximidades da antiga rodoviária. Ela possuía antecedentes criminais e foi encaminhado para a Cadeia anexa ao 2º Distrito Policial.
No local a GM encontrou cachimbos para fumar crack, facas, estiletes e isqueiros. O comando da Guarda vai manter as operações até impedir a concentração de usuários de drogas na região central.
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