quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

GAE DA GCM DE CAMPINAS E A PRISÃO DE EMPREITEIROS EXPLORADORES DE TRABALHO ESCRAVO


A Polícia Federal prendeu na noite de ontem (22) três empreiteiros que mantinham trabalhadores maranhenses em regime de trabalho escravo. A Guarda Municipal de Campinas recebeu denúncia anônima afirmando que pessoas haviam sido trazidas para trabalhar em obra na região de Campinas e, possivelmente, estavam em condições impróprias de moradia e sem receber pagamento. O local apontado para averiguação foi a Rua Luis Fantini, 277, Jardim Florence I, em Campinas.


Por volta das 17h, integrantes do Grupo de Apoio Especial (GAE) da Guarda Municipal de Campinas se dirigiram ao endereço indicado e lá encontraram 26 trabalhadores acompanhados por representantes das empresas FKRJ e GOLDFARB. Constatado que o local era inadequado para acomodação dos trabalhadores, a Polícia Federal foi acionada para atender a ocorrência. O abrigo apresentava péssimas condições de higiene, contendo apenas um banheiro e sem dispor de camas e colchões. Além disto, apurou-se que no dia da ocorrência havia sido fornecida uma única refeição, não sendo a alimentação suprida de outra forma.

Os trabalhadores haviam sido aliciados por representante da empresa José Carlos Santana do Carmo – ME (nome fantasia FKRJ), na cidade de Gonçalves Dias, no Maranhão. Os trabalhadores disseram que foram trazidos a Campinas em ônibus clandestino e sem condições de segurança, arcando cada um com o custo do transporte, no valor de R$ 230. Eles afirmaram ainda que, no domingo, logo ao chegar a Campinas, foram conduzidos ao alojamento improvisado com a promessa de que trabalhariam para a empresa GOLDFARB, em obra da Pirelli.

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